ZELIO ALVES PINTO no Podcast

Autor, pintor, cartunista, jornalista e uma dos integrantes do Pasquim é o convidado do podcast do Tomei Gosto na série: Cerveja, Café ou Vinho?

Um show de humildade, simpatia e perspicácia. Aos 82 anos, Zélio Alves Pinto demonstra claramente como uma mente criativa, brilhante e cheia de memórias importantes guarda pontos de vista e memórias tão interessantes.

Uma conversa muito agradável, recheada por pontos de vista únicos e criativos, embasados na experiência de quem já viveu fora do Brasil como correspondente internacional, e na capacidade de raciocínio de um dos integrantes do Pasquim.

Onde tudo começou…

Nascido em Caratinga, no Vale do Rio Doce em Minas Gerais, Zélio conta do primeiro contato com vinho ainda na eucaristia, antes de ir para o seminário. E deixa claro que sabia o que queria fazer desde criança, pois saiu da cidade pra ser escritor, ofício que está no sangue de todo aquele nascido nas Minas Gerais.

“Todo mineiro nasce escritor, depois é que ele confirma se é ou se não é”.
ZÉLIO ALVES PINTO, em entrevista ao Podcast do Tomei Gosto: CERVEJA, CAFÉ ou VINHO

Como correspondente internacional já morou na França e nos Estados Unidos, mais precisamente Paris e Nova Iorque, apesar de ter passado por outros lugares mundo afora, Zélio tem uma opinião muito clara sobre o que é morar em algum lugar:

“Morar pra mim é só quando tem Gato”.
ZÉLIO ALVES PINTO, em entrevista ao Podcast do Tomei Gosto: CERVEJA, CAFÉ ou VINHO

VINHO

O primeiro contato que teve com a bebida foi logo antes de ir para o Seminário, ainda em Caratinga, entre os 10 e 12 anos de idade, mas ao chegar em Paris se apaixonou pela bebida.

Na França, você toma o Ballon Rouge (vinho), como se pede um cafezinho.

Zélio ainda diz que o vinho passou a ser parte de sua vida, assim como minha caneta, meus pincéis.

Ao voltar pra casa, Zélio percebeu que no Brasil a bebida em si não era tão fundamental no seu convivo social quanto na França: “Quando eu voltei ao brasil e vi que o vinho não era parte da minha vida, que eu podia ficar sem ele”.

CERVEJA

Zélio Alves Pinto deixou muito claro que não é a sua bebida favorita, apesar de já ter sido mais próximo da cerveja por algum tempo.

“A cerveja foi conquista da maturidade. Não sou um bebedor de cerveja, que encontra pra tomar cerveja no final de semana”.
ZÉLIO ALVES PINTO em entrevista a Mário Alaska no Podcast do Tomei Gosto: CERVEJA, CAFÉ OU VINHO.

Mas contou que teve mais contato com a bebida através do meu sogro que o “encaminhou por esse mau caminho”. Durante um período se encontrava com os amigos com a desculpa de tomar uma cerveja, ou vice-versa.

UÍSQUE

Teve mais contato com o uísque durante sua estadia no Rio de Janeiro, quando trabalhava como jornalista, e a bebida regava encontros do final de semana. E faz uma brincadeira ao contar que a bebida era praticamente uma condicionante para jogar poker na casa de algum amigo:

Vamos nos encontrar: “qual whisky você vai nos oferecer”

Entre a cerveja e o uísque, Zélio faz um paralelo:

“Faz sentido a cerveja, whisky já é puro esnobismo”.

COMIDA AFETIVA

ANGU

O angu dela (mãe) tinha uns toques. Se por um prato de angu na minha frente e do Ziraldo, nós batemos em 5 segundos.

BELO HORIZONTE

“A maior cidadezinha do mundo”, afirma o cartunista.

Zélio Alves Pinto teve uma breve passagem pela capital mineira entre 1957 e meados de 1960, seu entreposto para a Europa, porque como ele diz ao longo da entrevista: “Eu saí de Caratinga pra ir pra Paris”.

Apesar de estar a centenas de quilômetros de distância, a capital mineira guardava um que de familiar: “Belo Horizonte era Caratinga ampliada, em todo canto que eu ia tinha um conhecido”.

Quitanda

Primeira memória ligada a alimentação na capital mineira:

“As quitandas de Belo Horizonte eram maravilhosas. Cheguei em Belo Horizonte, que entrei na primeira padaria eu enchi os bandulhos com aquilo”.
ZÉLIO ALVES PINTO em entrevista a Mário Alaska no Podcast do Tomei Gosto: CERVEJA, CAFÉ OU VINHO.

RIO DE JANEIRO

Na capital fluminense descobriu o fast food, o Bob´s, que à época não havia chegado a Belo Horizonte.

Morava sozinho e tinha que me virar, adolescente, tinha 18, 19 anos, o Bobs pra mim era o restaurante de luxo.
ZÉLIO ALVES PINTO em entrevista a Mário Alaska no Podcast do Tomei Gosto: CERVEJA, CAFÉ OU VINHO.